A LONGA
E COMPLICADA HISTÓRIA DO SEGREDO DE LA SALETTE
Beato Pio IX
O
Bem-aventurado Papa Pio IX aprovou enfaticamente a mensagem de La Salette.
Se
a mensagem de Nossa Senhora fosse de pouca transcendência, a decisão do Santo
Padre e o solene e excepcional reconhecimento da aparição por parte do bispo
diocesano teria posto fim às polêmicas.
Porém
a tempestade, longe de amainar, recrudesceu ao máximo.
Vendo
que a obra de Nossa Senhora progredia com a bênção do Papa, tais maus
católicos, eclesiásticos e leigos, passaram à contestação e à difamação aberta,
com intrigas e escritos desabonadores.
Eles
eram uma minoria, mas muito ativa e com fortes cumplicidades no governo e nos
antros anticlericais.
Novo bispo de
Grenoble volta-se contra La Salette
Mons.
de Bruillard defendeu a autenticidade da aparição e a difusão da mensagem. Mas,
sendo já muito idoso, teve que renunciar à diocese.
O
imperador Napoleão III e o Cardeal Jacques Mathieu, líder dos bispos galicanos
que contestavam prerrogativas irrevogáveis da Santa Sé, impingiram seu
candidato para a sucessão: Mons. Jacques Ginoulhiac.
Assim que o Vaticano foi informado disso,
desaprovou a nomeação do novo bispo e urgiu ao Núncio Apostólico em Paris para
que impedisse a posse. A Concordata da época, infelizmente, concedia regalias,
abolidas depois, ao governo civil para a designação de bispos. O novo prelado
tomou posse da diocese antes de chegar o veto de Roma.
O
Beato Pio IX tinha razões por demais graves para não aprovar a nomeação: Mons.
Ginoulhiac era um líder liberal.
Mons. Ginoulhiac voltou-se contra o Segredo de La Salette
e contra o próprio Papa
Posteriormente
foi grande opositor à proclamação do dogma da infalibilidade pontifícia, a
ponto de abandonar Roma para não participar do dia glorioso da promulgação
desse dogma no Concílio Vaticano I.
Era
também acérrimo inimigo da mensagem de La Salette.
Não
muito tempo depois da instalação do novo bispo, dois eclesiásticos da diocese
publicaram sem licença um libelo difamatório contra os videntes, com a
assinatura de mais 50 padres.
O
Papa exortou Mons. Ginoulhiac a permanecer dentro dos limites do Direito
Canônico e pediu-lhe que então defendesse La Salette. Mons. Ginoulhiac condenou
o libelo e aparentou aceitar a solicitação do Pontífice. Mas continuou
empenhado em abafar a mensagem e silenciar os pastorinhos.
Católicos
liberais, poderes civis e associações anticatólicas sabiam que se a mensagem
fosse bem recebida, a causa da Revolução estava perdida.
Para
complicar ainda mais o quadro, vários pseudo-videntes espalhavam mensagens
parecidas, mas falsas.
Uma
pretensa mística, a condessa Pauline de Nicolay, dizia transmitir revelações
que desclassificavam moralmente os pastores. Propôs sibilinas fórmulas,
avidamente endossadas pelo bispo liberal, no sentido de que o papel de Melânie e Maximino havia terminado antes de 1858, ano no qual deviam revelar a íntegra
do Segredo. Segundo esta falsa vidente, eles deveriam ser afastados e
interditados de voltar a falar do caso. Dessa maneira eles nunca poderiam
revelar o Segredo como Nossa Senhora pediu.
Acresce
que inimigos velados de La Salette, aventureiros ou políticos interesseiros
colocaram em circulação versões embaralhadas da mensagem e até adulteradas.
Pretendiam justificar posições políticas previamente adotadas ou simplesmente
desmoralizar as palavras de Nossa Senhora.
Fonte:
A Aparição de La Salette e suas Profecias: http://aparicaodelasalette.blogspot.com.br/.
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